A Inteligência Artificial pode transformar a auditoria e o controle público?
A adoção de Inteligência Artificial (IA) no setor público abre novas possibilidades para auditorias mais ágeis e precisas, permitindo o processamento de grandes volumes de dados e a identificação de padrões de fraude com alta eficiência.
Benefícios da IA na Governança Pública
- Análise massiva de dados: IA permite examinar rapidamente milhares de transações, identificando irregularidades e tendências.
- Redução de tempo e custo: Relatórios e auditorias podem ser automatizados, reduzindo o tempo de detecção de inconsistências.
- Decisões mais assertivas: Modelos preditivos podem antecipar riscos e auxiliar na alocação eficiente de recursos públicos.
- Fortalecimento da transparência: Ferramentas de IA podem verificar a conformidade com normas e regulamentos de forma contínua.
Porém, há desafios importantes, como o Viés algorítmico: se treinada com dados enviesados, a IA pode reforçar desigualdades em processos decisórios; a Delegação de responsabilidade: quem responde por decisões automatizadas? O programador? O auditor? O gestor?’, e; a Fundamentação das decisões: para garantir transparência, sistemas de IA precisam justificar como chegaram a determinada conclusão.
Desse modo, na Governança de IA, o uso de algoritmos no setor público deve ser acompanhado de regras claras de governança, transparência e supervisão ética, garantindo que as decisões automatizadas não comprometam direitos e princípios democráticos.
Deixe seu Comentário: Como sua organização está lidando com os desafios éticos da Inteligência Artificial?
Professor Anderson Itaborahy
Doutor em Ciência da Informação na UnB. Mestre em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação pela Universidade Católica de Brasília, MBA em Administração Estratégica de Sistemas de Informação pela FGV, Especialista Engenharia do Software pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Especialista em Análise de Sistemas pela UFMG e graduado em Engenharia Elétrica pela UFJF. Trabalhou no Banco do Brasil por 31 anos, a maioria deles lidando com a gestão e o planejamento de tecnologia, onde conduziu a implantação do Escritório de Projetos de TI e do Escritório Corporativo de Projetos e gerenciou o Projeto que reformulou a Governança de TI no Bando Brasil. Também exerceu a função de Diretor Executivo de TI na BB Tecnologia e Serviços(BBTS), modernizando a área de Governança de TI da empresa. Tem certificação internacional CGEIT- Certified in the Governance of Enterprise IT pela ISACA, onde ocupa o cargo de Diretor do Capítulo Brasília.
Cursos do Professor
Implementando a Governança de TI – Uma abordagem prática de seus Processos