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IBGP Responde – Governança de Dados no Setor Público

IBGP Responde – Governança de Dados no Setor Público

O professor Angivaldo Almeida responde as perguntas mais relevantes associadas ao tema Implantação da Governança de Dados no Setor Público, envolvendo:

  • Fundamentos da Governança de Dados
  • Boas Práticas Governança de Dados
  • Business Intelligence em governos
  • Componentes da Governança de Dados
  • Dados Abertos Governo
  • DAMA-DMBoK para setor público
  • Data Warehousing para setor público
  • Escritório de Governança de Dados (EGD)
  • Gerenciamento de Dados Mestres
  • Integração e Interoperabilidade de Dados
  • Privacidade e Segurança de Dados de Governo

O IBGP recomenda uma visita à página do Curso Implantação da Governança de Dados no Setor Público do Professor clicando da imagem abaixo.

Implantação da Governança de Dados no Setor Público

O que é governança de dados e como ela se diferencia da gestão de dados?

A governança de dados é uma função estratégica que define diretrizes, políticas e normas para orientar a gestão dos dados em uma organização. Ela é responsável por supervisionar e monitorar se os objetivos estratégicos relacionados aos dados estão sendo cumpridos, além de garantir conformidade com regulamentações e padrões éticos.

Já a gestão de dados é a execução operacional dessas diretrizes. Envolve atividades como armazenar, organizar, proteger e analisar os dados. Enquanto a governança define o “o que” e o “porquê”, a gestão cuida do “como”. Ambas são complementares, mas têm papéis distintos e inter-relacionados.

 

Quais são os principais desafios da governança de dados no setor público?

Os principais desafios incluem:

  • Fragmentação de sistemas e dados: Órgãos públicos costumam operar com bases de dados isoladas, dificultando o compartilhamento e a integração de informações.
  • Shadow IT: Soluções tecnológicas não regulamentadas que criam vulnerabilidades.
  • Cultura organizacional: Resistência à mudança, falta de entendimento sobre a importância dos dados e ausência de alfabetização de dados entre servidores.
  • Conformidade regulatória: A complexidade em atender normas como a LGPD.
  • Escassez de recursos: Faltam equipes especializadas e investimentos em tecnologia.

Superar esses desafios exige liderança engajada, capacitação contínua e uma abordagem estratégica alinhada às necessidades de cada órgão público.

 

Por que a governança de dados é importante no setor público?

A governança de dados é essencial para garantir que as informações sejam utilizadas de maneira ética, eficiente e estratégica. No setor público, ela permite:

  • Melhorar a qualidade e a transparência dos serviços prestados à população.
  • Reduzir desperdícios e duplicidades, otimizando o uso de recursos públicos.
  • Facilitar a tomada de decisões baseada em evidências, impactando diretamente na formulação de políticas públicas.
  • Garantir conformidade com regulamentações como a LGPD, evitando riscos jurídicos.
  • Promover a interoperabilidade entre órgãos, permitindo ações integradas e coordenadas.

 

Quais são os benefícios de implementar a governança de dados?

Entre os principais benefícios estão:

  • Tomada de decisão mais assertiva: Dados organizados e confiáveis ajudam gestores a criar políticas públicas mais eficazes.
  • Transparência e controle social: A disponibilização de dados abertos promove o engajamento da sociedade e o controle externo.
  • Eficiência operacional: Reduz-se o tempo gasto na busca por informações, otimizando processos.
  • Segurança e conformidade: A governança fortalece a proteção de dados e garante que as operações estejam em conformidade com normas legais e éticas.

 

Quais são os pilares fundamentais para uma boa governança de dados?

Os pilares incluem:

  • Estratégia: Definir objetivos claros e alinhados com a missão do órgão.
  • Políticas e normas: Criar diretrizes que guiem a gestão e o uso dos dados.
  • Responsabilidades: Estabelecer papéis, como curadores de dados e comitês estratégicos.
  • Tecnologia: Garantir ferramentas adequadas para gestão, análise e segurança de dados.
  • Cultura organizacional: Promover a alfabetização de dados e engajar equipes em todos os níveis.

 

O que é alfabetização de dados e por que é relevante?

Alfabetização de dados é a capacidade de compreender, interpretar e usar dados para resolver problemas e tomar decisões. No setor público, ela é fundamental porque servidores precisam entender como transformar dados brutos em insights para melhorar políticas públicas e serviços. Isso inclui habilidades básicas, como interpretar relatórios, até competências avançadas, como modelagem de dados.

  • Como a governança de dados pode contribuir para a transparência pública?
    Ao estruturar e gerenciar dados com qualidade e segurança, a governança facilita a criação de iniciativas de dados abertos. Esses dados, quando apresentados de forma acessível, permitem que cidadãos, pesquisadores e organizações monitorem e avaliem políticas públicas. Isso reforça a confiança na administração pública e promove o controle social.
  • O que são “dark data” e por que eles representam um problema?
    “Dark data” são dados acumulados por organizações, mas que permanecem inutilizados. Eles consomem recursos de armazenamento e podem conter informações duplicadas ou obsoletas. No setor público, isso significa desperdício de dinheiro público e perda de oportunidades de usar esses dados para melhorar serviços e políticas.
  • Qual é a relação entre a LGPD e a governança de dados?
    A LGPD é um catalisador para a governança de dados, pois exige que organizações protejam dados pessoais e garantam transparência em seu uso. No entanto, a governança de dados vai além da LGPD, abrangendo aspectos estratégicos, como a melhoria na qualidade e no uso ético das informações para criar valor público.
  • Qual é a diferença entre dados estruturados, semi-estruturados e não estruturados?
    • Estruturados: Dados organizados em tabelas ou bases de dados, com esquema pré-definido. Exemplo: cadastros em sistemas de RH.
    • Semi-estruturados: Dados com alguma organização, mas sem seguir um esquema rígido. Exemplo: arquivos JSON ou XML.
    • Não estruturados: Dados sem formato específico, como e-mails, vídeos e imagens. São mais difíceis de processar e analisar.

 

O que significa ser uma organização “data-driven”?

Ser “data-driven” significa tomar decisões baseadas em dados, não em intuições ou achismos. Organizações “data-driven” utilizam informações analisadas para criar políticas mais assertivas e eficientes. No setor público, isso pode significar priorizar recursos para áreas com maior impacto social.

 

Quais estruturas organizacionais são necessárias para a governança de dados?

Estruturas comuns incluem:

  • Comitês de governança de dados: Para decisões estratégicas.
  • Escritório de dados: Para supervisionar a implementação das políticas.
  • Curadores de dados: Responsáveis por garantir a qualidade e o uso adequado dos dados.

A definição dessas estruturas depende da cultura organizacional e das necessidades específicas do órgão.

 

Como adaptar frameworks de governança de dados ao setor público?

Frameworks como o DMBOK são amplos e podem parecer complexos. No setor público, é fundamental adaptá-los às limitações de recursos e às necessidades de conformidade. Priorizar ações iterativas, focar em áreas críticas e envolver todas as partes interessadas são estratégias eficazes.

 

Como a governança de dados contribui para a interoperabilidade no setor público?

A governança promove a padronização de dados e processos, facilitando o compartilhamento entre órgãos e sistemas. Isso é essencial para políticas integradas e serviços que exigem cooperação intersetorial, como segurança pública ou saúde.

 

Quais são os primeiros passos para iniciar a governança de dados em um órgão público?
  • Engajamento da liderança: Mostrar os benefícios estratégicos para convencer a alta administração.
  • Avaliação inicial: Mapear o estado atual da gestão de dados e identificar lacunas.
  • Definição de objetivos: Alinhar metas com a missão do órgão.
  • Criação de uma estrutura organizacional: Estabelecer papéis e responsabilidades.
  • Plano de ação: Implementar iniciativas de curto prazo para demonstrar resultados enquanto constrói uma estratégia de longo prazo.

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