A sustentabilidade no contexto da nuvem computacional refere-se à capacidade de manter e evoluir os serviços de TI com eficiência, escalabilidade e segurança. A nuvem pública é considerada essencial para isso, pois permite maior flexibilidade e utilização ótima de recursos. No setor público, essa abordagem também está alinhada com a necessidade de atender à demanda crescente por serviços digitais de qualidade, reduzindo custos operacionais e melhorando a interação com os cidadãos. Gestores devem planejar essa transição com uma estratégia clara que inclua infraestrutura, pessoal capacitado e suporte administrativo.
A nuvem pública oferece benefícios como escalabilidade, flexibilidade e eficiência operacional. No setor público brasileiro, ela facilita a oferta de serviços digitais à população e promove a transformação digital dos órgãos governamentais. Além disso, permite acesso a recursos avançados de TI, como análise de dados e inteligência artificial, com pagamento pelo uso. Contudo, sua adoção requer planejamento cuidadoso, considerando segurança, governança e treinamento de pessoal.
Os principais desafios incluem a complexidade dos processos licitatórios, a definição clara do objeto contratual, a necessidade de recursos financeiros e humanos, e a falta de maturidade em algumas organizações. Além disso, há dificuldades relacionadas à rastreabilidade dos gastos, à gestão de riscos e à adaptação a novas tecnologias. Para superar esses desafios, é crucial investir em planejamento estratégico do uso da nuvem na organização, capacitação de pessoal e alinhamento com normativos vigentes que regulam a contratação e a operação dos serviços em nuvem.
Os catálogos abertos permitem flexibilidade na aquisição de novos serviços, mas também apresentam riscos, como a a possibilidade de o provedor descontinuar serviços essenciais sem aviso prévio adequado. Outros riscos incluem a aquisição de serviços fora do planejamento inicial e dificuldades na rastreabilidade dos gastos. Para mitigar esses riscos, é recomendável implementar controles adequados, como vinculação de serviços a ordens de serviço (OS) detalhadas, monitoramento dos preços dos provedores e uso de FinOps.
A rastreabilidade em contratações de nuvem pode ser garantida por meio da utilização de tags (etiquetas) em recursos contratados, vinculando-os a ordens de serviço (OS) justificadas e alinhadas às necessidades de negócio. Além disso, é importante estabelecer processos internos de auditoria, utilizar sistemas de monitoramento e implementar mecanismos de controle financeiro. Essas práticas facilitam a identificação e a alocação de custos entre as áreas e projetos da organização, e a contabilização dos resultados associados a cada recurso utilizado.
A capacitação de recursos humanos é essencial para garantir o sucesso na implantação e gestão de serviços em nuvem. Equipes bem treinadas conseguem planejar, contratar e operar soluções de forma eficiente, reduzindo riscos e maximizando benefícios. No Brasil, a falta de profissionais especializados tem sido um obstáculo significativo. Investir em treinamentos e parcerias com fornecedores pode acelerar a formação de equipes capacitadas, essenciais para a modernização do setor público.
Para mitigar riscos, é fundamental adotar boas práticas como:
– Definir claramente o objeto contratual.
– Implementar controles adequados sobre catálogos abertos e sobre o uso de Marketplace.
– Monitorar continuamente os custos e o consumo de recursos.
– Garantir a rastreabilidade por meio de ordens de serviço detalhadas.
– Utilizar padrões interoperáveis, quando possível, para mitigar o lock-in de fornecedores.
– Realizar auditorias regulares e estabelecer mecanismos de governança robustos.
A alta administração desempenha um papel crucial ao garantir que a transição para a nuvem seja priorizada e apoiada. Isso inclui a destinação de recursos financeiros e humanos, o alinhamento com os objetivos institucionais e a promoção de uma cultura de inovações tecnológicas. O apoio da alta administração essencial para superar resistências internas, garantir o sucesso das iniciativas e atender às demandas da sociedade por serviços públicos digitais mais eficazes.
A estratégia multi-nuvem permite que as organizações governamentais utilizem vários provedores de nuvem, mitigando riscos de lock-in e aumentando a flexibilidade na utilização de serviços. No entanto, também traz desafios relacionados à interoperabilidade, à complexidade da gestão de contratos e à necessidade de maior capacitação da equipe. É fundamental planejar cuidadosamente essa abordagem para equilibrar benefícios e custos.
Os Marketplaces oferecem uma vasta gama de soluções, muitas vezes com custos competitivos e facilidade de aquisição. Entretanto, o uso inadequado pode burlar processos licitatórios e comprometer a transparência. Para mitigar esses riscos, é necessário implementar controles rigorosos e monitorar os gastos por meio de ordens de serviço detalhadas.
Modelos de remuneração variados, como pay-as-you-go e contratos baseados em resultados, permitem maior adequação às necessidades específicas de diferentes órgãos públicos. Eles possibilitam a otimização de custos, mas exigem uma gestão eficiente para garantir que o modelo escolhido seja o mais vantajoso em cada cenário.
A computação em nuvem permite que o setor público implemente soluções digitais de forma rápida e escalável, como aplicativos móveis e plataformas integradas. Além disso, promove maior acesso a tecnologias inovadoras, como inteligência artificial, reduzindo a burocracia e melhorando o atendimento ao cidadão.
Indicadores como redução de custos operacionais, aumento da eficiência nos processos, satisfação do cidadão e tempo de implantação de soluções são essenciais. Além disso, é importante monitorar a conformidade com normas de segurança e a capacidade de adaptação a demandas futuras.