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IBGP Responde – Guia de Nuvem Computacional para o Setor Público

IBGP Responde – Guia de Nuvem Computacional para o Setor Público

O professor Breno Costa responde as perguntas mais relevantes associadas ao tema Nuvem Computacional para o Setor Público, envolvendo:

  • Computação em Nuvem de Governo
  • Serviços em Nuvem Computacional
  • Segurança da Informação Nuvem de Governo
  • Framework FinOps
  • Modelo de Maturidade Nuvem de Governo
  • Migração Nuvem de Governo
  • Contratação Nuvem de Governo
  • Como estimar custos de serviços em Nuvem de Governo
  • Como Implementar Nuvem no Governo
  • Riscos Computação em Nuvem de Governo
  • Modelo de operação em Nuvem Governo
  • Estratégia para uso da Nuvem Governo

O IBGP recomenda uma visita à página do Curso Guia para Computação em Nuvem na Administração Pública do Professor clicando da imagem abaixo.
Guia para Computação em Nuvem na Administração Pública

 

O que significa o conceito de sustentabilidade no contexto da nuvem computacional no setor público?

A sustentabilidade no contexto da nuvem computacional refere-se à capacidade de manter e evoluir os serviços de TI com eficiência, escalabilidade e segurança. A nuvem pública é considerada essencial para isso, pois permite maior flexibilidade e utilização ótima de recursos. No setor público, essa abordagem também está alinhada com a necessidade de atender à demanda crescente por serviços digitais de qualidade, reduzindo custos operacionais e melhorando a interação com os cidadãos. Gestores devem planejar essa transição com uma estratégia clara que inclua infraestrutura, pessoal capacitado e suporte administrativo.

 

Por que a nuvem pública é considerada uma alternativa revolucionária para o setor público brasileiro?

A nuvem pública oferece benefícios como escalabilidade, flexibilidade e eficiência operacional. No setor público brasileiro, ela facilita a oferta de serviços digitais à população e promove a transformação digital dos órgãos governamentais. Além disso, permite acesso a recursos avançados de TI, como análise de dados e inteligência artificial, com pagamento pelo uso. Contudo, sua adoção requer planejamento cuidadoso, considerando segurança, governança e treinamento de pessoal.

 

Quais são os principais desafios na contratação e operação de serviços em nuvem no governo?

Os principais desafios incluem a complexidade dos processos licitatórios, a definição clara do objeto contratual, a necessidade de recursos financeiros e humanos, e a falta de maturidade em algumas organizações. Além disso, há dificuldades relacionadas à rastreabilidade dos gastos, à gestão de riscos e à adaptação a novas tecnologias. Para superar esses desafios, é crucial investir em planejamento estratégico do uso da nuvem na organização, capacitação de pessoal e alinhamento com normativos vigentes que regulam a contratação e a operação dos serviços em nuvem.

 

Quais são os riscos associados ao uso de catálogos abertos em contratações de nuvem?

Os catálogos abertos permitem flexibilidade na aquisição de novos serviços, mas também apresentam riscos, como a a possibilidade de o provedor descontinuar serviços essenciais sem aviso prévio adequado. Outros riscos incluem a aquisição de serviços fora do planejamento inicial e dificuldades na rastreabilidade dos gastos. Para mitigar esses riscos, é recomendável implementar controles adequados, como vinculação de serviços a ordens de serviço (OS) detalhadas,  monitoramento dos preços dos provedores e uso de FinOps.

 

Como a rastreabilidade dos gastos pode ser garantida em contratações de serviços em nuvem?

A rastreabilidade em contratações de nuvem pode ser garantida por meio da utilização de tags (etiquetas) em recursos contratados, vinculando-os a ordens de serviço (OS) justificadas e alinhadas às necessidades de negócio. Além disso, é importante estabelecer processos internos de auditoria, utilizar sistemas de monitoramento e implementar mecanismos de controle financeiro. Essas práticas facilitam a identificação e a alocação de custos entre as áreas e projetos da organização, e a contabilização dos resultados associados a cada recurso utilizado.

 

Qual é a importância de capacitar recursos humanos para a gestão de nuvem no setor público?

A capacitação de recursos humanos é essencial para garantir o sucesso na implantação e gestão de serviços em nuvem. Equipes bem treinadas conseguem planejar, contratar e operar soluções de forma eficiente, reduzindo riscos e maximizando benefícios. No Brasil, a falta de profissionais especializados tem sido um obstáculo significativo. Investir em treinamentos e parcerias com fornecedores pode acelerar a formação de equipes capacitadas, essenciais para a modernização do setor público.

 

Quais são as melhores práticas para mitigar riscos em contratações de nuvem?

Para mitigar riscos, é fundamental adotar boas práticas como:

  • Definir claramente o objeto contratual.
  • Implementar controles adequados sobre catálogos abertos e sobre o uso de Marketplace.
  • Monitorar continuamente os custos e o consumo de recursos.
  • Garantir a rastreabilidade por meio de ordens de serviço detalhadas.
  • Utilizar padrões interoperáveis, quando possível, para mitigar o lock-in de fornecedores.
  • Realizar auditorias regulares e estabelecer mecanismos de governança robustos.

 

Qual é o papel da alta administração na adoção de nuvem no setor público?

A alta administração desempenha um papel crucial ao garantir que a transição para a nuvem seja priorizada e apoiada. Isso inclui a destinação de recursos financeiros e humanos, o alinhamento com os objetivos institucionais e a promoção de uma cultura de inovações tecnológicas. O apoio da alta administração essencial para superar resistências internas, garantir o sucesso das iniciativas e atender às demandas da sociedade por serviços públicos digitais mais eficazes.

 

Quais são os impactos da adoção de uma estratégia multi-nuvem no setor público?

A estratégia multi-nuvem permite que as organizações governamentais utilizem vários provedores de nuvem, mitigando riscos de lock-in e aumentando a flexibilidade na utilização de serviços. No entanto, também traz desafios relacionados à interoperabilidade, à complexidade da gestão de contratos e à necessidade de maior capacitação da equipe. É fundamental planejar cuidadosamente essa abordagem para equilibrar benefícios e custos.

 

Como o uso de Marketplaces de provedores de nuvem impacta a contratação no setor público?

Os Marketplaces oferecem uma vasta gama de soluções, muitas vezes com custos competitivos e facilidade de aquisição. Entretanto, o uso inadequado pode burlar processos licitatórios e comprometer a transparência. Para mitigar esses riscos, é necessário implementar controles rigorosos e monitorar os gastos por meio de ordens de serviço detalhadas.

 

Qual a relevância de modelos de remuneração variados na contratação de nuvem para o setor público?

Modelos de remuneração variados, como pay-as-you-go e contratos baseados em resultados, permitem maior adequação às necessidades específicas de diferentes órgãos públicos. Eles possibilitam a otimização de custos, mas exigem uma gestão eficiente para garantir que o modelo escolhido seja o mais vantajoso em cada cenário.

 

Como a transformação digital no setor público é acelerada pela computação em nuvem?

A computação em nuvem permite que o setor público implemente soluções digitais de forma rápida e escalável, como aplicativos móveis e plataformas integradas. Além disso, promove maior acesso a tecnologias inovadoras, como inteligência artificial, reduzindo a burocracia e melhorando o atendimento ao cidadão.

 

Quais indicadores devem ser utilizados para medir o sucesso da adoção de nuvem no setor público?

Indicadores como redução de custos operacionais, aumento da eficiência nos processos, satisfação do cidadão e tempo de implantação de soluções são essenciais. Além disso, é importante monitorar a conformidade com normas de segurança e a capacidade de adaptação a demandas futuras.


Prof. Breno

Professor Breno Costa – DESTAQUE 2022

Coautor do livro “Desmistificando a adoção de Serviços em Nuvem Governamental (2019)”. Mestre em Computação Aplicada pela UnB com o tema: Migração de Sistemas Legados do Governo para a Nuvem. Possui 22 anos de experiência na área de TI. É servidor do Tribunal de Contas da União (TCU), desde 2008, e atual Diretor de Relacionamento com Clientes. Contribuiu para a especificação e contratação de serviços multinuvem do TCU e participa das definições e decisões relativas à fiscalização e gestão do contrato.

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